[FUGSPBR] Presidente & Software Livre - Off Topic
Fernando Monteiro
fmonteiro em iquattro.com
Ter Dez 3 14:09:47 BRST 2002
Oi Ronan,
> Primeiramente temos que entender que o Presidente é um
> político, e como tal, ele precisa promover o bem para a
> comunidade.
Bem colocado.
(...)
> Imaginem uma empresa que tenha umas 30 filiais e um
> baita dum sistema desenvolvido em VB... Até ela achar
> um programador que faça algo parecido para Software Livre
> e o faça funcional para a empresa, demanda muito tempo
> e dinheiro.
É verdade. Uma alternativa seria testar a aplicação sob Wine ou, em
último caso, fazer uma grande servidor Windows rodando Terminal
Services em modo de aplicativo e acessar a aplicação usando o
(excelente) rdesktop.
> Ou seja, isto é uma questão de cultura. Nós precisamos
> em primeiro lugar, que o Brasil tenha profissionais com
> capacidade técnica o suficiente para atender a demanda.
> Isto é uma coisa que demanda tempo e, na minha maneira
> de pensar, tem que ser iniciado, parte dele, no processo
> educacional.
Realmente, a falta de mão de obra é gritante. O que se vê no Brasil
são leitores de how-to, que só querem ler o que interessa para
resolver algo urgente, a educação força a todos aprenderem como fazer
e (importantíssimo...) por que fazer, explicando os conceitos
envolvidos e fazendo o aprendiz pensar em resolver ao invés de sair
desenfreadamente pelo Google.
A MS foi em parte feliz nisso: ao lançar o Windows 2000, a preocupação
em formar profissionais certificados foi uma das estratégias para
fazer com que as empresas migrassem do NT. Isso mostrou que
profissionais com certificado garantem em parte a adoção de um novo
SO.
Mas a falta de mão-de-obra qualificada em software livre não é o maior
problema...
> Quantos de vocês tem condições de entrar nesta empresa e
> passá-la toda para software livre?
> E se o programa da folha de pagamento for desenvolvido em
> Clipper e utiliza uma biblioteca gráfica específica que
> não funciona com emulação?
Somando-se a isso, ainda tem o temor das empresas que o software livre
fique órfão e que, pouco a pouco, os desenvolvedores abandonem a idéia
de trabalho voluntário. Esse é o pior problema que enfrento ao
oferecer a migração para software livre.
Algumas empresas ficam mais confortáveis se tiverem que gastar uma
certa quantidade de dinheiro por mês com um Red Hat ou Conectiva, elas
acham que assim contribuem para um "modelo sustentável". As demais têm
receio de migrar para uma plataforma que deixe de existir ou que deixe
de ter aplicações no médio-longo prazo.
[]s,
Fernando Monteiro
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