[FUG-BR] FreeBSD x CarreiraProfissional

Carlos A. M. dos Santos unixmania em gmail.com
Terça Setembro 4 00:33:00 BRT 2007


Senta que lá vem a história...

Faz uns 20 anos que mexo com *nix. Comecei com o saudoso Edix e passei
por Irix, Ultrix, OSF/1 e SunOS. Linux e BSD vieram depois, com
pitadas de AIX e HP/UX.  Muita coisa mudou nesse período, mas os
fundamentos, ou seja, a teoria, se mantiveram. O importante, então, é
formar uma boa base de conhecimento que sirva para o resto da vida.
Para isto os sistemas BSD são melhores  do que os baseados em Linux.

FreeBSD, por exemplo, é coeso e tem objetivos claros, definidos por um
grupo tecnicamente capaz. Quando eu leio o FreeBSD Handbook, por
exemplo, tenho certeza de sobre o que ele trata. Nenhum SO baseado em
Linux tem esse perfil. Todos eles são colchas de retalhos, só que
algumas são mais bem costuradas do que outras (eu hoje estou assim,
metafórico).

Quanto à forma de trabalhar, é difícil dizer se ter emprego fixo é
melhor do que ser autônomo. Depende da situação de cada um. Eu já fui
bolsista do CNPq (num tempo em que a bolsa era boa), funcionário
público, consultor, professor em universidade particular. Minha
conclusão é simples: vale a pena ser empregado se o salário é bom e o
ambiente de trabalho é saudável. Foi fácil chutar o balde quando eu
era funcionário público e ganhava um salário de fome. Agora eu tenho
emprego numa empresa de TI e o salário é muito melhor, então deixo o
balde quietinho no lugar dele.

O problema hoje em dia é que há uma pressão enorme para que o emprego
como conhecemos deixe de existir no Brasil. Eu não creio que isso será
bom para quem trabalha, inclusive em informática, por mais que se
argumente sobre "Custo Brasil" e outros termos em economiquês. O fato
é que cada vez mais gente trabalha em condições precárias e instáveis,
quando não flagrantemente ilegais. Isso cria uma sensação de
insegurança constante para as pessoas.

Pra finalizar: cuidado com a história do profissional "empreendedor,
com formação adequada às necessidades o mercado". Pela minha
experiência a tradução mais comum disso é "subempregado,
pau-pra-toda-obra".

-- 
Carlos A. M. dos Santos


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