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c0re dumped
ez.c0re em gmail.com
Quarta Janeiro 7 17:27:40 BRST 2009
> Dessa forma então, vou me candidatar a uma vaga de engenheiro cívil,
> horas, é a mesma coisa, existe um conselho, que garante que o
> profissional fez curso e tem um piso mínimo em sua carteira de trabalho.
> Desde quando isso é um mau negócio para emprega e empregador? Garantia
> para ambos os lados.
No mundo perfeito onde tudo é certo e todas as pessoas são felizes,
pode até ser. No mundo real, não. A OAB e o CFC também tem uma tabela
salarial. pergunta pros recém formados dessas áreas se o salário deles
é religiosamente igual ao da tabela.
Uma tabela salarial não garante nada. Nada. No papel tudo é bonito. Na
vida real, é um pouco diferente.
A título de curiosidade: você pode até ser contratado pra fazer o
trabalho de um engenheiro, nada vai impedir a empresa de fazer isso,
só não vai poder *assinar* projetos de engenharia.
> Como assim, mas então o cara é formado em engenharia de redes e também
> em música? E porque não contratar?
Não. Um é formando em engenharia de redes e *o outro* é formado em
música. A questão principal é: qual dos dois deveria ser contratado ?
Um profissional com exepriência e certificados mas que não é formado
na área de TI ou um que se formou e é membro de um conselho ? Quem é
mais capaz de fazer a empresa ganhar dinheiro ? O mercado responde.
> Um conselho ajusta o nível da profissão, auxilia na indicação de
> profissionais a altura para o mercado, mantendo o bom nível do mercado,
> evitanto "curiosos" de estarem ocupando vagas de bons profissionais por
> baixos salários, fazendo com que a qualidade de pessoal em nossa área
> caia cada vez mais.
Conselho não ajusta nada. Nem salário. O mercado faz isso sozinho,
selecionando os melhores como é feito atualmente. Em última análise é
por isso que tem um monte de gente de diploma na mão mas não consegue
emprego.
Tem que acabar com essa idéia de merecimento nesse país e analisar as
pessoas pelos seus méritos, pelos seus feitos.
Como disse antes, reserva de mercado já mostrou não ser uma boa idéia
para a área de informática.
Como assim curioso ? Quer dizer que um cara que domina programação mas
é formado em matemática não pode ser da área ? Um cara que é formado
em jornalismo mas tem um CCIE não pode atuar na área de redes ?
Pode até ser que venha a existir um CFI (do qual farei questão de não
ser membro), mas acredite, nenhuma, *nenhuma* empresa vai contratar um
cara só porque ele tem um registro desses - a não ser que seja
explicitamente exigido em Lei, o que sinceramente eu espero que não
aconteça pois será um atraso pra esse país .
Ela vai contratar o profissional que tenha a melhor capacidade, que
tenha a melhor relação salário/produtividade *segundo seus próprios
critérios* e não os de um conselho.
Por fim, pare pra pensar o seguinte, se nos EUA ou UE que tem um nível
de educação superior infinitamente melhor que o nosso, o fato do cara
ser formado na área de TI não garante emprego, imagine aqui, onde as
faculdades só faltam vender diploma pro aluno.
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