[FUG-BR] Veteranos concordam com postura de jovens profissionais de TI!

Josias LG josiaslg em uol.com.br
Sexta Janeiro 18 14:45:27 BRST 2008


Joao Rocha Braga Filho escreveu:
> 2008/1/18 irado furioso com tudo <irado em hotpop.com>:
>   
>> Em Thu, 17 Jan 2008 19:23:26 -0200
>> "Joao Rocha Braga Filho" <goffredo em gmail.com> escreveu:
>>
>>     
>>> A terceirização, e a desvalorização dos funcionários como pessoa,
>>> [...] está criando gerações de mercenários. [...]trocar de trabalho 4
>>> vezes em um ano. [...] Cadê a fidelidade ao projeto, à
>>> empresa etc? E cadê a fidelidade da empresa quantoao funcionário?
>>>       
>> fidelidade.. não é algo comum, hj em dia. Eu sou (estou?) terceirizado
>> há já uns 18 anos. Já foi pior, hj está menos pior, mas continuamos
>> sendo considerados (pelas empresas) apenas como mão de obra
>> descartável, pouco acima dos escravos - não muito acima, contudo.
>> Normalmente vc é contratado por "prazo indeterminado" embora a empresa
>> saiba, por exemplo, que não será mais do que 45 dias. No fim do projeto
>> (cujo término vc não sabia) alguém chega e diz, simplesmente: "não
>> precisa vir mais, o projeto foi cancelado pela empresa". Isso é feito
>> para que vc não fique agoniado sabendo do horizonte próximo (sua
>> expectativa é de que o "indeterminado" o seja, de fato); por isso a
>> troca de empregos tantas vezes. Como ser fiel, assim? eu não sou
>> ninguém no quadro da empresa, meu futuro (algum?) é limitado, tenho que
>> ser fiel apenas às minhas despesas e minha familia.. se houver
>> oportunidade e acontecer um chamado no quintal vizinho, é apenas um
>> "ciao, não venho mais amanhã". O projeto? bem.. sinto muito, "fo**se o
>> projeto", porque a empresa, quando me liquida, também deixa que eu me
>> fo**a completamente com meus compromissos. Chumbo trocado não doi.
>>     
>
> E esta atitude das empresas que eu critico. O "profissional" não nada mais
> que uma máquina que eles alugaram, como uma retro-escavadeira, uma
> britadeira, uma betoneira. O profissional é uma pessoa, e se não for
> tratada assim, como pessoa, como eles querem uma verdadeira dedicação,
> fidelidade etc?
>
>   
>>> Um dos terceirizados pode, e de fato acontece, passar tecnologia e
>>> conhecimento para os concorrentes, especialmente depois de ser
>>> demitido e ser contratado pelo concorrente.
>>>       
>> eu só não faço/faria tal coisa apenas por questão de principios; coisas
>> que me foram passadas quando ainda em formação, na infância. Mas meus
>> valores - pelo que observo - estão em desuso ou em descrédito. "Quem
>> pariu mateus que agora o amamente" :)
>>     
>
> Sim, e as próximas gerações não vão ter nem esta ética, mas, mesmo
> de forma inconsciente, você já deve ter levado infromações de um
> contratante para outro. Como assim? Algo que aprendeu a fazer em um,
> repetiu em outro. Não digo detalhes estratégicos de marketing, fofocas
> etc, mas outras coisas acontecem inconscientemente.
>
>   
>> e esta prosa tá pra lá de off - risos..
>>     
>
> Está pelo assunto da lista, mas não pelos seus membros.
>
>
> João Rocha.
>
>   
>>
>> --
>>
>> saudações,
>> irado furioso com tudo
>> Linux User 179402/FreeBSD BSD50853/FUG-BR 154
>> Nã uso drogas - 100% Miko$hit-free
>> Se o pais eh democratico, por que sou obrigado a votar?
>> -------------------------
>> Histórico: http://www.fug.com.br/historico/html/freebsd/
>> Sair da lista: https://www.fug.com.br/mailman/listinfo/freebsd
>>
>>     
>
>
>
>   
O que atualmente acontece e ainda irá acontecer com o universo da TI, 
irá ter como orientador a diminuição de custos, sobretudo com mão de 
obra humana. Certa vez, ainda quando morava no sul, um amigo me deu um 
exemplo claro de uma empresa X que hoje é uma empresa de porta 
"gigante". No final dos anos 80, para a tal fazer o MRP, mesmo com ajuda 
de computadores, tinha 80 pessoas. Hoje (naquele ano, 2007) havia 6 
pessoas. Empregados na area de informática, em todas as unidades, 300 
pessoas. Hoje, é completamente tercerizado e mesmo assim dentro da 
empresa tem 10 pessoas prontas para irem as unidades. A tendência sempre 
irá ser a de redução de custos, e no mundo de capitalismo azar. A 
verdade é que coisas como pró-ativismo e coisas do genero que são 
requisitos a vagas de emprego disfarção a pergunta, "quanto submisso a 
nós você pode ser ?". O que vale no final da proposta é o quanto você 
sabe fazer e por quanto você vende. É que nem a história do Advogado que 
foi pra rua vender cachorro-quente porque dava mais dinheiro do que em 
sua area de emprego. É que nem a historia do administrador de sistemas 
ou programador, que se candidata a vaga de tecnico em hardware e recebe 
como tal (sim, muitos tem obrigações a pagar e se é forçado a isso). 
Enfim, é uma tendencia todos os tipos de trabalho passarem por isto, é 
só olhar para o resto do mercado (com exeção de quem trabalha com 
funcionalismo publico e de leis que o protegem de ser jogado "fora", sem 
ofensas).


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