[FUG-BR] Mayhem — A New Malware Targets Linux and FreeBSD Web Servers
Helio Loureiro
helio em loureiro.eng.br
Sexta Julho 25 18:03:05 BRT 2014
Eu ia responder ao mail do Fábio mas... Patrick já falou tudo.
Vou tomar cerveja. Cheers Patrickão!
Abs,
Helio Loureiro
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Em 25 de julho de 2014 19:33, Victório <vic em wa.pro.br> escreveu:
>
> On 25-07-2014 14:23, Otavio Augusto wrote:
> > Em 25 de julho de 2014 13:58, Patrick Tracanelli
> > <eksffa em freebsdbrasil.com.br> escreveu:
> >> On 25/07/2014, at 12:55, Fábio de Sousa <fabiocs em gmail.com> wrote:
> >>
> >>> Senti uma irônia no comentário do nosso amigo ou estou enganado?
> "Efeito
> >>> Ubuntu", "kuruminização".....
> >>> Eu uso FreeBSD, linux, testo todas as distros!
> >>> Me desculpe amigo, mas no meu entendimento, qualquer movimento de
> software
> >>> livre, que venha disseminar o conhecimento e abrir novo horizontes é
> >>> válido!
> >>> Respeito sua opinião, mas não concordo!
> >>>
> >> Eu acho que não era essa a intenção original do e-mail do Helio, e sim
> sobre o worm em si.
> >>
> >> Mas se formos entrar nessa discussão em específico, eu consigo ver o
> lado positivo da Ubuntuzação do Linux ou a tentativa similar do PC-BSD.
> Isso permite que minha irmã, minha vó, sua mãe, usem software livre sem ter
> uma curva de aprendizado impactante, ao invés de usarem Windows ou Mac OS.
> Isso é bom pra escolas, pra comunidade em geral, colocam o SL como
> alternativa de fato a SOs proprietários de usuários finais. E ponto. Isso
> dito, não vejo outra vantagem.
> >>
> >> Sob uma ótica de profissionais de TI minha posição muda. Acho
> detestável, me incomoda. Conheci escolas que ensinam “Linux” com Ubuntu,
> conheço “profissionais” com “experiência” em Ubuntu, e no entanto nunca
> configuraram o X uma vez na vida, na unha. Nunca colocaram o icewm ou
> enlightenment ou blackbox ou sequer windowmaker pra subir sozinho. Nunca
> editaram um rc pra gerar ícones no desktop. E to focando so em coisas de
> Desktop, sem nem querer me estender a compilação de kernel, ou sequer
> instalação de um software na unha.
> >>
> >> Nego adora sair dando apt, dpkg, e ver as coisas instaladas sem
> problemas e sem trabalho. Ou as vezes pior, vai pela interface gráfica do
> ubuntu mesmo. E pior, agora que o “pkg” no FreeBSD ficou bom, funcional,
> muito melhor que o pkg_tools vejo gente preferindo cada vez mais dar “pkg
> install xyz” e esperar tudo se resolver sozinho do que meramente compilar
> por ports.
> >>
> >> Por incrivel que pareça "make menuconfig” pra um novo “profissional
> Linux” não é algo obvio. Boa parte deles não sabe o que isso faz nem onde
> se da esse comando nem com que objetivo. As vezes pior, um mero ./configure
> --alguma-coisa ; make ; make install passa a ser algo do dia-a-dia dessa
> nova geração que instala pacotes prontos e sai usando.
> >>
> >> Cada vez é mais comum gerações de profissionais de TI que tem Linux no
> curriculum mas nunca recompilaram seu próprio kernel e ou nem sequer usam
> um único software em sua maquina pessoal que foi compilado por eles mesmos.
> >>
> >> Como é que um cara desses vai diagnosticar problemas quando eles
> surgirem? Como é que um cara desses vai sequer usar o X com gnome/kde no
> FreeBSD se não vier pronto?
> >>
> >> Agora eu pergunto, da nova geração de Linuxers alguém conhece algum que
> consiga instalar um qmail na unha? qmail com vpopmail que seja? E que
> quando o qmail-start não sobe consegue diagnosticar?
> >>
> >> São cada vez mais raros.
> >>
> >> Olha a comunidade Debian brasileira da década passada, quantos novos
> empacotadores Debian surgiam todos anos, contribuindo, ajudando, metendo a
> mão. Olha na década atual a taxa de crescimento de contribuidores na mesma
> função.
> >>
> >> Curioso que a user-base de Linux aumentou mas da comunidade que
> suporta, não aumente mais como era na década passada.
> >>
> >> Veja quantos novos commiters de source e ports entravam no FreeBSD
> antes, e veja hoje. Vejam quantos novos contribuidores de Linux faziam
> coisas legais, criavam novos projetos de SL antes, e quantos contribuem
> hoje.
> >>
> >> Veja o historico de commits no source do Linux e procure novos nomes
> la. Mesma coisa pros empacotadores Linux, commiters de source FreeBSD ou
> ports.
> >>
> >> Tem renovação claro, mas a taxa hoje é muito menor. Com uma userbase
> cada vez maior. Que sentido isso faz?
> >>
> >> Eu preferia muito mais uma época em que um novo usuário Linux instalava
> slackware, debian, e apanhava feito cão pra fazer o básico. Não pq eu sou
> sádico e adoro ver o sofrimento alheio. Mas pq o cidadão aprendia… e depois
> de apanhar e aprender, sabia fazer de novo com a mãos atadas e o principal,
> conseguia ajudar / diagnosticar, escrevia blog posts ou artigos sobre as
> formas geniais que ele usou pra resolver seus problemas.
> >>
> >> Hoje essa “formação natural” não existe mais nas novas gerações. Até o
> debian ficou mais fácil, mais pronto. FreeBSD com o novo pkg de alguma
> forma (ainda saudável, ao meu ver) segue esse caminho. É estranho dizer que
> as vezes o pkg_tools da saudade, mas é bom ver coisas não funcionando pra
> você poder arrumar sozinho.
> >>
> >> Aqui na FreeBSD eu e o Jean brincamos que vamos montar um “curso de
> macho” onde o cidadão vai ter que passar uma semana mandando e lendo e-mail
> por telnet. Navegando na web por telnet, editando texto com vi (não vim) na
> segunda semana a gente deixa ele ir pras facilidades de poder usar mail com
> fetchmail, lynx, depois evoluir pra mutt, pine, quem sabe até um links. Só
> então poder usar vim, ee, pico, nano. Mas sem mceditor hehehe. Se quiser
> usar twitter terá que ser na CLI, gtalk, google drive.
> >>
> >> E depois de um mês de introdução ao curso de macho poderá instalar o X
> e usar blackbox. Poderá ter ícone e até uma dock alternativa tipo idesk.
> Depois icewm, depois wm. E quem sabe um dia KDE, gnome ou até Unity. Mas ai
> será por escolha própria, por opção.
> >>
> >> Ha 10 anos atrás isso seria desnecessário. Usar pine, mutt, fetchmail
> no cron seria algo obvio e intuitivo.
> >>
> >> Saudade de quando usar BitchX e X-Chat era lamme. E fodao era usar epic
> com rotinas proprias ou um cliente que voce mesmo fez, escrito em Erlang ou
> Perl com Net::IRC (DEAD SINCE 2004 hehe).
> >>
> >> --
> >> Patrick Tracanelli
> >>
> >> FreeBSD Brasil LTDA.
> >> Tel.: (31) 3516-0800
> >> 316601 em sip.freebsdbrasil.com.br
> >> http://www.freebsdbrasil.com.br
> >> "Long live Hanin Elias, Kim Deal!"
> >>
> >> -------------------------
> >> Histórico: http://www.fug.com.br/historico/html/freebsd/
> >> Sair da lista: https://www.fug.com.br/mailman/listinfo/freebsd
> > Exatamente por isto que quando alguém me pergunta qual o melhor
> > caminho para aprender Linux eu falo:
> > Instala o Slackware ( ou então outro SO como o FreeBSD ) mas remova
> > totalmente o windows ou qq outra distro Linux do PC e
> > tenta fazer tudo que vc ja fazia no Windows nele.
> > Depois de um ano vc pode mudar de distro se quiser mas vai saber como
> > tudo funciona e não vai depender de ferramentas gráficas que fazem
> > tudo.
> > Pelo menos em 98 este método funcionou e facilitou muito minha vida
> > quando em 2003 comecei a usar NetBSD e depois o FreeBSD. não fiquei
> > perdido o Handbook resolvia 99% das minhas dúvidas sem recorrer a
> > listas outra forums.
> > "Aprendi a pescar" com o slackware. Uma pena não ter feito naquela
> > época já com o FreeBSD.
> >
> >
> >
> Fiz exatamente isso, só mudar as datas: slackware em 2001 e FreeBSD em
> 2007 :)
>
> --
> Victório
> choppnerd.com
> donttrack.us | dontbubble.us
>
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